Esteve presente na Unidade Escolar, no dia 15/09/2008, Débora Regina Piovezan, psicopedagoga especialista em dislexia, para orientar a equipe pedagógica quanto ao assunto.
Débora inicialmente enfatizou que para diagnosticar uma criança como disléxica, faz-se necessário o parecer de vários profissionais e especialistas, como: psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista e oftalmologista.
Somente após a criança ter sido diagnosticada por cada um desses profissionais é que pode-se caracterizá-la como possivel disléxica ou não,cabendo então a ABD Associação Brasileira de Dislexia emitir o Laudo Fechado de Dislexia.(único órgão no Brasil que tem esta competência a nível jurídico.)
No primeiro momento, o psicopedagogo realiza a anamnese psíquica e histórica da família, levantando dados como o tempo que a criança levou para andar, não necessitar mais do uso de fraldas, entre outros. Uma característica também presente em crianças consideradas disléxicas é o grande fascínio que as mesmas têm pelo fogo e a não sensibilidade com o sensorial ( usam blusas quando está calor, por exemplo).as trocas de letras,a ortografia,comprometida,a dificuldade de soletração,etc...
Foi enfatizado a diferença entre criança disléxica e hiperativa. Está última, não consegue concentrar-se em algo ou ficar parada por muito tempo. Já a criança disléxica, quando parece não estar prestando atenção em algo, está de “antena ligada” e consegue responder perfeitamente o que está acontecendo ou sendo transmitido quando é questionada,na verdade são ac ometidas de uma ansiedade.No entanto a dislexia pode ser tambem concomitante coma hiperatividade. O exame de audiometria tem que vir zerado,e apenas pode aparecer (registro de alterações do processamento auditivo e lentificacao de base no eletroencefalogramo o que evidencia de certa forma a dificuldade nas habilidades da criança (lentidão inclusive no registro de informacoes).Como apontam as pesquisas.
A maior dificuldade do disléxico está no processo de assimilação e registro, . Por esse motivo, ao copiar uma palavra da lousa, por exemplo, anota letra por letra até copiar a palavra e a leitura geralmente é pausada ou como diz no ditado vulgar: em socos. Em Matemática possui dificuldade de demonstrar o registro e o processo pelo qual chegaram a determinado raciocínio.
No exame especializado exigido pela ABD por um oftalmologista evidencia que a criança não possue nenhum problema de retina.
Dentre outras características, o disléxico é desorganizado e descuidado em relação à higiene. Também apresenta um processo de mutilação (famosos cacoetes) quando sentem-se pressionados ou estão muito ansiosos. Não respeitam a vez de falar.
A psicopedagoga sugeriu aos educadores e pais que até que a criança não seja diagnosticada por vários profissionais e especialistas, ajudem dando paciência, apoio e compreensão. Que acompanhem o seu processo ensino aprendizagem fazendo uma primeira leitura acompanhada dos textos que necessitam ler , para que depois sozinhos, decodifiquem e entendam essa leitura já trabalhada, necessitam de um reforço individual e até mesmo o acompanhamento de um fonoaudiólogo ou outro especialista como o neurologista.
A ABD atende criancas de colegios publicos,inclusive com laudo gratuito,com idade ate 17 anos e que tenha os exames em maos,para maior esclarecimento sobre dislexia o site da ABD é
http://www.dislexia.org.br/.